SABRINA PAZ MERKEL

Palavras são ditas por qualquer pessoa; Amo você! É uma delas; Unicamente, acredita-se no que é ouvido; Lamentavelmente, nem sempre são verdadeiras; O engano nos torna prisioneiros das palavras; Simplesmente, somos enganados; E quando percebemos é tarde demais; Mesmo que tenhamos forças; Possivelmente, nosso coração sofrerá; Ruínas abrirão diante de nossos pés; E lágrimas nos acompanharão;

Vagamente andaremos pelo caminho sem entender o porquê nos iludiram; O motivo de tanta ilusão jamais terá explicação; Urgentemente tentaremos encontrar respostas; Tentarão, nesse momento, nos convencer com mais palavras; E nossos ouvidos lutarão para se fecharem; As palavras ditas, novamente, nos perturbarão; Mas, tentaremos lutar contra novos enganos; As palavras nos machucarão; Respostas nos faltarão;

Mesmo quando chegarmos ao abismo da solidão; Estranhamente, palavras serão ouvidas; Sem verdade, sem sentimento; Mesmo nos fechando; Os sentidos nos farão ouvir mais mentiras; Queria tanto ouvir palavras ditas com o coração; Unicamente, para mim; E desejaria tanto que fossem sinceras;

Verdadeiras; O porquê da facilidade em proferir mentiras, não sei; Como explicar palavras ditas ao vento; E como entender o porquê nos iludiram; Mesmo sabendo que um coração é uma jóia rara; E que quando ferido se torna uma rocha;

E que quando iludido se torna impenetrável; Será que essas palavras ditas ao vento saem sem pensar? Quisera eu ouvir o amor verdadeiro; Unicamente, cultivado para mim; Especialmente, vivido para mim; Causando-me uma alegria plena; Assim seria feliz;

Engano meu, a ilusão me tirou esse direito; Simplesmente, essas palavras me feriram; E o coração se tornou algo impenetrável; Unicamente, para fugir das ilusões; Amanhã, talvez, a mentira pode se tornar verdade; Mas será tarde demais; O amor será temido; Rispidamente, as palavras não serão ouvidas;

Nada mais será confiável; Amanhã o coração pode se trancar para sempre; O amor pode se transformar em lenda; Simplesmente, esquecido; E duvidado; Janelas se fecharão; A paisagem se ofuscará;

Risos não serão mais ouvidos; E o nobre coração iludido terá se transformado em dureza; Agora palavras são ditas sem razão; Lamentavelmente, são ditas sem sentimentos; Como se isso tudo fosse um jogo; O coração mais delicado perde? Mas por que enganar um nobre coração? O motivo ninguém nunca saberá;

A enganação jamais terá real explicação; Consequências virão; Ruínas surgirão; E a tristeza se tornará amiga; Desse coração; Iludido coração; Teimosamente, a tristeza virá; Angústias perturbarão; Vozes inquietaram; Amar se tornará algo esquecido;

Mas, se um dia o amor entrar no coração daquele que iludiu? E se as palavras que iludiram se tornarem verdadeiras; Urgentemente, essas palavras dependerão de aprovação; Ansiosamente, quem iludiu também sofrerá; Minuciosamente, suas palavras serão duvidadas; O amor que demonstrará será desacreditado; Revolta o ser que um dia iludiu sentirá;

Pois sentirá os sentimentos daquele que ousou brincar; O amor se tornará triste; Risos se transformarão em lágrimas; Vitória de quem? O amor não deixa ganhadores nem perdedores; Consequentemente, todos perderão; E o amor se perderá;

E o coração se trancará; Simplesmente, ofuscando toda a alegria; Terrivelmente, o mundo será mais triste; Amanhã, talvez, possa cicatrizar as feridas; Repetidas vezes o coração poderá se recuperar; Até mesmo se curar!

Vitória de quem? Inexplicavelmente; Vitória de ninguém! O amor só queria cuidar desse nobre coração, mas a ilusão o fez recuar...

AUTORA:SABRINA PAZ MERKEL MÚSICA: November rai (instrumental) IMAGENS: GOOGLE